O ensino da psicopatologia e subjetividade

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Com o intuito de ampliar o ensino de Psicopatologia, na Disciplina Psicopatologia Especial I, oferecida pelo Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da UFRJ, foi realizado para os alunos do curso de Psicologia da UFRJ, duas novas modalidades de atividades práticas. Essa reformulação do ensino prático, foi realizada por um mestre diante de um grande grupo de alunos, em um paciente habitualmente internado.
Esta pesquisa visa também colocar o ensino e a prática de Psicopatologia mais próxima dos ideais que norteiam o conjunto de transformações das práticas assistenciais em psiquiatria no Brasil, a chamada Reforma Psiquiátrica.
Os alunos não foram deixados restritos á abordagem psicopatológica centrada na descrições dos elementos do adoecimento mental, mas favorecer o conhecimento do sofrimento psíquico do ponto de vista de quem o experiência, assim como o caráter relacional e contextual das expressões clínicas dos transtornos mentais.
Essas iniciativas têm como expectativa destacar, para os alunos, a complexidade do adoecimento metal e o alcance diferencial das diversas abordagens psicopatológicas.
PRESSUPOSTOS ÉTICOS E CONCEITUAIS
O debate do tema “normal e patológico”, que deveria ser prévio a qualquer Psicopatologia, é completamente elidido, e a partilha entre as duas condições é compreendida como uma questão de ordem quantitativa, passível de mensuração por diferentes escalas e instrumentos estruturados, tornando-se visível por meio de procedimentos estatísticos. Nessas condições, o campo do patológico obedece a uma inteligibilidade compatível com aquilo que Canguilhem (1982) chamou de Teoria Ontológica da Doença, que toma os diferentes tipos de sofrimento físico e mental exclusivamente em sua objetividade, elemento totalmente externo ao sujeito quer se entenda este em sua dimensão moral, quer se entenda este apenas como totalidade orgânica. Se tal concepção de doença pode dar a impressão – ilusória – de satisfazer as

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