O trabalho social espírita
A experiência no Centro Espírita Seara Fraterna
Cintya Cristine Martins Veiga de Faria
Matricula: P1020143
Curso: Pós-Graduação em O Serviço Social e o Trabalho com Famílias
Orientadora: Maria Fernanda Duarte Salgueiro
"Ainda que a firmeza seja necessária para atingir o fim a que nos propomos em nossas boas obras é, contudo, necessário empregar muita doçura nos meios”.
São Vicente de Paulo
"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."
Ernesto Che Guevara
Rio de Janeiro
2012
RESUMO
A prática da assistência social religiosa ainda se encontra arraigada à concepção da pobreza como redentora de pecados. Esta visão, e sua prática consequente, devem ser questionadas ante a concepção da Assistência Social como um direito. Historicamente a miséria era o estado dos que por uma razão qualquer perdiam seus meios de subsistência em situações ou não de crise. As primeiras indicações de ajuda assistencial ocorreram no Império Romano. O Cristianismo trouxe novos conceitos: todos os homens são irmãos; a pobreza e a doença são provações; ajudar aos pobres é meritório, e assim a caridade era uma virtude. Com o Protestantismo surge o termo filantropia que dissocia a ajuda ao próximo da ideia religiosa. Com o advento do Espiritismo a caridade, uma virtude, se torna também um dever de solidariedade natural. O presente artigo pretende fazer uma reflexão sobre a experiência, em uma instituição espírita, acerca das possibilidades e dos limites que o profissional de Serviço Social enfrenta nos tempos atuais, onde a pobreza se tornou multidimensional, o que torna mais complexo o entendimento do que seja caridade e a sua intervenção. Os desafios que as instituições espíritas terão no enfrentamento à carência e ao direito do indivíduo, surgindo daí a necessidade de refletir sobre o papel do profissional de serviço social nestas instituições e sobre que trabalho social as mesmas