O encadeamento de temas
No ensino, como em outras coisas, a liberdade deve ser deve ser questão de grau. Há liberdades que não podem ser toleradas. Uma vez conheci uma senhora que afirmava não se dever proibir coisa alguma a uma criança, pois deve desenvolver sua natureza de dentro para fora. ¨E se a sua natureza a levar a engolir alfinetes?¨ indaguei; lamento dizer que a resposta foi puro vitupério. No entanto, toda criança abandonada a si mesma, mais cedo ou mais tarde engolirá alfinetes, tomará veneno, cairá de uma janela alta ou doutra forma chegará a mau fim. Um pouquinho mais velhos, os meninos, podendo, não se lavam, comem demais, fumam até enjoar, apanham resfriados por molhar os pés, e assim por diante – além do fato de se divertirem importunando anciãos, que nem sempre possuem a capacidade de resposta de Eliseu*. Quem advoga a liberdade da educação não quer dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes der na veneta. Deve existir um elemento de disciplina e autoridade; a questão é até que ponto, e como deve ser exercido. (Russell, Bertrand. Ensaios céticos. 2. Ed. São Paulo, Nacional,1957. P.146.).
Questão 1
Pode-se depreender da leitura do texto que o autor seja contrário à liberdade?
Resposta: Não, o autor apenas vê a necessidade de colocar em ordem a liberdade impondo regras, pois há limites para todo tipo de comportamento, dependendo as ações tomadas sem pensar acaba gerando um desrespeito ao próximo.
Questão 2
O autor acha que só devem existir restrições à liberdade na escola?
Resposta: Não, apenas que a liberdade na educação tem vários aspectos, escolhemos se queremos aprender ou não. Nas escolas é preferível brincar, conversar a aprender a ler e escrever. Porém nas escolas existem ordem e regras a serem cumpridas, restrições impostas pela superioridade.
Questão 3
Quando afirma que ¨toda criança abandonada a si mesma, mais cedo ou mais tarde engolirá alfinetes, tomará veneno, cairá de uma janela alta ou doutra forma chegará a