O ELITISMO E OS MODELOS DE DEMOCRACIA
A pretensão desta resenha é mostrar pontos de vista opostos entre dois autores contemporâneos, que expuseram teorias sobre modelos de democracia, os alemães Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) e Jürgen Habermas (1929-). Primeiramente será exposto o ponto de vista de cada, com uma visão crítica tencionando em empirismo, demonstrando os modelos de democracia normativos que ambos sustentam. De início, a exposição sobre Schumpeter induz a argumentação para o lado econômico, ele fornece a base que estrutura o modelo institucional de democracia vigente, defendida na obra “Capitalismo, socialismo e democracia”, de 1942, com base na economia política, na qual traça vantagens do sistema capitalista e elementos funcionais da democracia institucional e representativa, que justifica a existência de um ao outro. Ou seja, não tem como desassociar o conceito de democracia em Schumpeter sem notar o que há por trás: um sistema capitalista que funciona bem dentro de um modelo elitista de democracia. O autor Jürgen Habermas na obra “Três modelos normativos de democracia” traça um panorama sobre democracia e a esfera pública, na qual o autor alemão critica ambas as concepções liberal e republicana de democracia, e sugere uma alternativa no conceito de democracia deliberativa, na qual ele crê que preenche as lacunas das demais concepções. O LADO POSITIVO DO CAPITALISMO PARA SCHUMPETER Joseph Schumpeter produz uma análise empírica sobre o sistema capitalista, mantendo o foco nas considerações sobre as realizações do capitalismo e perspectivas futuras deste sistema, baseando-se em aspectos históricos, políticos, sociais e culturais. O autor não economiza em elogios às conquistas históricas do capitalismo, e até mesmo demonstra entusiasmo com os fatos que ele observa. Um dos pontos mais positivos que Schumpeter identifica no sistema capitalista, refere-se ao lucro, e a forma como se busca maximizá-lo. Este excedente estimula o empreendedor a se esforçar ao