O elemento Paládio
Pd
PALÁDIO
Recebido em 08/01/10, aceito em 26/08/10
Número Atômico
Massa Molar
Isótopos Naturais
Ponto de Fusão
A história da descoberta do paládio está intimamente ligada à da platina e à dos outros metais do grupo da platina (Rh, Ru, Os e Ir), uma vez que inicialmente esses metais foram encontrados juntos na natureza. No ano de 1800,
William Hyde Wollaston e Smithson Tennant, dois químicos britânicos, formaram uma sociedade com o propósito de refinar a platina. A primeira etapa para a purificação desse metal consistia na adição de água régia ao mineral bruto, o que gerava um precipitado preto e uma solução. Inicialmente a solução era desprezada, mas posteriormente
Wollaston ocupou-se do estudo desta e descobriu dois metais: o paládio e o ródio. Para realizar a separação do paládio dessa solução, era feita a neutralização e, em seguida, adicionava-se cianeto de mercúrio, o que gerava um precipitado amarelo, Pd(CN)2. Posteriormente, outros processos eram feitos até a obtenção do metal puro.
Wollaston registrou em seu caderno a descoberta do paládio em julho de 1802, inicialmente com o nome de
Ceresium devido o recém-descoberto asteroide Ceres.
No mês seguinte, ele o renomeou como Paládio devido ao novo planeta descoberto, Pallas, que tempos depois foi confirmado ser um asteroide. Esse nome refere-se também à deusa grega Pallas (deusa da sabedoria), e alguns autores acreditam que, de certa forma, Wollaston trocou o nome do elemento para também homenagear a deusa.
Consciente de que os químicos do mercado europeu trabalhavam na mesma linha de pesquisa, Wollaston usou uma estratégia única a fim de não renunciar sua descoberta científica e ganhar mais tempo para o estudo desse novo elemento. Sua estratégia foi a seguinte: em abril de 1803, ele, anonimamente, fez folhetos com o título “Paládio, ou, nova prata... um novo metal nobre”, que foram distribuídos na comunidade científica. Estes continham