No século XVI, conquistadores espanhóis que buscavam ouro nas Américas o encontraram misturado com pepitas de um metal branco. A esse metal, deram-lhe o nome platina, devido à sua semelhança com o metal prata (platina é um diminutivo de plata, palavra espanhola para prata). A presença dessas pepitas misturadas ao ouro constituía um grande problema para esses exploradores, uma vez que era difícil fazer a separação entre a platina e o ouro. Durante muitos anos, a platina não teve qualquer valor exceto como um meio de falsificação de outros metais nobres.Embora a história moderna da platina comece apenas no século XVI, ela foi encontrada em objetos que datam de 700 a.C. Como exemplo, há o famoso caixão de Thebes (da antiga Grécia) que foi decorado com hieróglifos (sinais da escrita de antigas civilizações) em ouro, prata e uma liga contendo platina. Esse metal também foi utilizado em joalheria por egípcios, povos antigos do Peru, Equador e indígenas pré-colombianos. A primeira referência europeia à platina surge nos escritos de Julius Caeser Scaliger, em 1557, que a descreve como uma substância encontrada na América Central: “até agora não foi possível fundir pelo fogo ou por qualquer das artes espanholas”. A platina foi “redescoberta” na América do Sul pelo espanhol Antonio de Ulloa em 1735, no mesmo período em que foram enviadas as primeiras amostras dela à Europa. As experiências iniciais com esse metal foram realizadas pelo médico inglês William Brownring que as comunicou à Royal Society de Londres em 1750. A platina foi um grande desafio para cientistas europeus devido às suas propriedades tais como elevado ponto de fusão e sua grande resistência à corrosão. Os problemasforam agravados pelos outros metais do grupo da platina (Pd, Ru, Os, Ir e Rh) que estavam presentes em quantidades variáveis no metal bruto.Apenas em 1802, as primeiras amostras de platina pura em quantidades comerciais foram obtidas. Isso devido às árduas pesquisas dos ingleses Wollaston e