O ECLIPSE DO SOL NO
Após a leitura da história passada no quartel em que a mensagem ‘voa’ (canal: AR) do Capitão até ao
Soldado, recordei-me de um jogo dos tempos de escola…lembram-se? O jogo do ‘Passa a mensagem’? Ora bem…para os esquecidos: o jogo exigia um número razoável de pessoas (grupo de amigos) e uma mensagem. Esta era imaginada pelo 1º elemento da cadeia, que, por sua vez, a transmitia ao ouvido do 2º elemento sem que os restantes ouvissem. O 2º transmitia ao 3º e assim sucessivamente. O objectivo era conseguir que a mensagem, chegada ao final da cadeia e transmitida de novo ao 1º elemento, fosse o mais parecida possível com a original. Já podem imaginar…nunca acontecia! E quanto maior o nº de
‘mensageiros’, maior a probabilidade de sair qualquer coisa engraçada...mas completamente distorcida!
Joguei-o imensas vezes e garanto-vos que é um passatempo divertido!
No caso dos nossos soldados a comunicação falhou em diversos aspectos, começando pela mensagem que era demasiado extensa e complicada (código desapropriado) tendo em consideração o canal utilizado (ar).
Talvez por escrito funcionasse…ou em formato ‘diálogo’.
A mensagem deve ser estruturada e transmitida de forma que seja interpretável para o receptor. Sugestão:
- ‘Sargento! Amanhã quero a companhia formada no campo de exercício.’
- ‘Qual o acontecimento, meu Capitão?’
– ‘Sargento, vamos ver o eclipse do sol!’
– ‘Uniforme de campanha, meu Capitão?’
– ‘Sim, Sargento!’
- ‘E se chover, meu Capitão?’
- ‘Ficaremos no quartel! Entendido, Sargento?’
- ‘Entendido, meu Capitão!’
Os emissores/receptores da nossa história também não estiveram bem! Para além de não garantirem, enquanto emissores, que a mensagem ‘chegou’ e foi devidamente interpretada, também não se preocuparam, enquanto receptores, em dar feedback do conteúdo da mesma para que, eventualmente, fosse reformulada.
Neste contexto, a hierarquia não ajudou (reagrupamento vertical), se considerarmos que o formalismo excessivo que se verifica