O diálogo como via de construção da cidadania
Hoje, reconhecer os direitos humanos significa reafirmar a igual dignidade de todos os indivíduos, independentemente das suas diferenças de cor, raça, etnia ou religião. Manter e respeitar as diferenças implica aceitá-las e reconhecê-las em prol da liberdade e dignidade de todos e de cada um.
Todavia, é ainda muito difícil resolver determinadas questões socioculturais. Por isso se torna necessário reafirmar o diálogo. O racismo é ainda um problema que permanece muitas vezes camuflado nas sociedades actuais, ditas democráticas. O que fazer para combater esta e outras formas de discriminação social? Esse é o papel da democracia que tem como objectivo promover o diálogo, o debate, a discussão.
Desde cedo, o Homem encontrou na democracia a melhor forma de gerirem os seus problemas e, na cidadania, a expressão da liberdade e da igualdade.
O que é a cidadania?
A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e colectivas, Ser cidadão é ter consciência de que possui direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe também deveres. O cidadão tem de ser consciência das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar a sua contribuição.
Algumas ideias-chave do cidadão contemporâneo:
- Como cidadão do mundo é, antes de mais, sujeito de direitos fundamentais, tais como a liberdade e a igualdade;
- É portador de identidade e dignidade próprias;
- Tem o poder de deliberar e o dever de participar democraticamente nos assuntos da esfera pública;
- Como cidadão do mundo, deve ser solidário e responsável à escala planetária;
- Deve construir a