filosofia- conhecimento
Pensando nessa evidência, a reflexão sobre a cidadania no âmbito de sua formação se impõe como urgência.
Sabemos não ser este um processo fácil, já que situamos aqui a cidadania como processo contínuo de formação, processo este que se constitui em etapas de construção elaboradas pelo próprio sujeito. O desenvolvimento da autonomia é fator determinante na constituição deste processo, já que requer um constante "exercitar" (do latimexercitare) , praticando, exercendo o autoconhecimento que é um instrumento importante para uma ação que possibilite a inversão de posições. Ou seja, eu só posso saber a importância do acesso aos meus direitos de indivíduo enquanto cidadão, se, conhecendo a mim mesmo, sabendo que tenho minhas necessidades, vontades e limitações eu me coloco no papel de sujeito coletivo, aquele que pensa o papel do outro sujeito como também importante na constituição de uma sociedade possível de respeito, solidariedade, justiça e democracia, considerando que todos nós podemos ter desejos e vontades que são ímpares em sua concepção porém coletivos na sua concretização.
E é pensando nessa formação que o fio condutor deste artigo pretende ser o questionamento da possibilidade de formação de uma cidadania responsável, tendo como pressuposto básico o diálogo.
A citação abaixo reflete a preocupação suscitada por Georges Gusdorf na obra entitulada Professores Para Quê? e que é lugar comum entre os educadores que elaboram uma reflexão acerca dos caminhos já trilhados na busca de uma educação que corresponda aos anseios do homem contemporâneo: o mundo está vazio de diálogo.
"Cada tempo tem a cultura que merece. O nosso, que é o tempo dos meios de comunicação, e que parece, graças ao automóvel, ao avião, ao telefone, ao rádio e à televisão, ter