O discurso publicitário
A publicidade atua na criação de subjetividade, ou seja, no intuito de fisgar o máximo de pessoas. Sempre mutante e em busca de novidade, une elementos de convicção através de um processo de codificação.
O discurso mítico junta polos antagônicos, compatibilizando as divergências, trabalhando as narrativas que ofertam solução instantânea, fácil. Logo, o mito surge para tentar estabelecer um discurso de equilíbrio social, reparador da angustia humana, unido o objeto e a ideia. Feita a leitura do contexto social, onde são extraídas as ideias, buscam-se as carências vigentes na sociedade, estabelecendo uma passagem mítica entre a ideia e o objeto, vinculando uma “necessidade” para um objeto, oferecendo “respostas”, que poupam esforções mentais do receptor.
O mito publicitário é fabricado para “inocentar” o consumismo, produzir “valor” a mercadoria, trabalhando o vazio existencial fazendo crer a possibilidade de existencialidade, como liberdade, sensualidade, erotismo, juventude, sedução, segurança etc. Apelando para uma busca de satisfação de necessidades.
Sua fala exemplar se esgota a partir do momento que é pronunciada, buscando, apenas como efeito, a busca pelo objeto anunciado e de tal modo que o receptor absorva os valores como seu, não provocando uma reflexão sobre os valores que estão em jogo.
A publicidade é um reflexo narcisista da sociedade, servindo como sustentação de uma estrutura de consumo, transformando o mundo em maquiagem, moldando novas geração, formando uma nova percepção de padrão ditada pela ideologia. Desta forma, o capitalismo controla a sociedade direcionando resistência para um caminho concreto.