O direito de ser criança: repensando a educação da infância
RESUMO
O presente artigo propõe a discussão da educação da infância como alicerce para a construção de uma sociedade mais justa, humana e igual. Diante disso, sente-se a necessidade de vê-la de forma especial, com toda a sua especificidade, e percebendo o brincar como uma das maiores necessidades e direito das crianças. A reflexão fundamental se articula no sentido de repensar a educação de uma forma mais holística, ou seja, como construção do todo, salvaguardando todos os direitos fundamentais da infância, que infelizmente têm ficado ao longo do caminho de uma educação muito preocupada com conteúdos.
PALAVRAS-CHAVE: Infância, educação, ludicidade, brincar, brincadeiras.
1 INTRODUÇÃO
A cada dia mais, sente-se a necessidade em refletir sobre a educação das crianças pequenas. Com o ingresso das mulheres no mercado de trabalho, em número cada vez maior, a delegação da responsabilidade de cuidar e educar as crianças, é dividida com instituições responsáveis por estas ações: os Centros de Educação Infantil.
Entretanto, a divisão de responsabilidades com as instituições educacionais não significa que a criança deva ingressar em instituições escolares baseadas na formalidade do processo escolar, tal como se concebe o ensino fundamental. A educação infantil é diferente e é importantíssimo que tanto as pessoas que são responsáveis por oferecer este serviço, quanto as que aí atuam, e, sobretudo, os pais, tenham a exata percepção da especificidade da educação infantil para que não vitimem a criança antecipando etapas que ela deverá viver a seu tempo.
Não é essa realidade que se tem percebido de um modo geral no atendimento das crianças pequenas. Há uma excessiva preocupação com os dois aspectos que devem ser considerados na educação das crianças pequenas: o cuidado e a educação.
São,