O diabo e a terra de santa cruz
SOUZA, Laura de Mello e. O diabo e a Terra de Santa Cruz: feitiçaria e religiosidade popular no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.
A presente resenha tem por objetivo resumir, discutir e trazer os principais pontos do livro O diabo e a terra de Santa Cruz. Livro este que trata das práticas consideradas mágicas e de feitiçaria no Brasil do período colonial. Para tal estudo, a autora utiliza na sua pesquisa, processos crimes da época. Sendo pesquisadora do referido período, percebeu uma lacuna na história a respeito desse assunto. Existindo apenas as fontes, mas nada pesquisado, escrito ou discutido de forma mais aprofundada. Então iniciou a organização desses processos, para depois formular e preencher um vazio na história do Brasil, referente a vida cotidiana da população, tanto dos índios nativos, quanto dos colonizadores e escravos, entre outros estrangeiros que vieram para o Brasil e que ao longo do tempo foram formando uma sociedade de características peculiares devido a miscigenação, ou seja, a mistura de raças, povos e culturas advindas de diferentes localidades. E esse é o primeiro ponto que se deve pensar, pois o Brasil é formado por essas misturas de cultura. A cada qual tem suas crenças religiosas, seus costumes cotidianos e sua formação social. Devendo assim, em primeiro momento, discernir cada cultura como sendo única e original, para depois entendermos como ao longo do tempo tais culturas foram se modificando e se mesclando umas com as outras. O livro é divido em três partes: – Parte I: Riquezas e impiedades: a sina da colônia; – Parte II: Feitiçaria, práticas mágicas e vida cotidiana;
– Parte III: Universo cultural, projeções imaginárias e vivências reais; as quais tratam dos diversos assuntos relacionados as referidas questões. Buscando ir desde o inicio da formação dessas ideias, vendo como era a cultura colonizadora imposta aos nativos, sendo assim, a que mais se destaca, até a análise das