O dever do advogado
O estudo da obra parte do prefácio de Evaristo de Morais Filho, onde relata que o advogado provisionado (ou rábula) Evaristo de Morais Filho, pretendia defender o médico Mendes Tavares, acusado de ser mandante de um crime passional que, à época, foi motivo de escândalo divulgado em toda a imprensa, sendo ele aliado político do militarista Marechal Hermes da Fonseca, na campanha presidencialista de 1910, que teve como opositor o civilista Rui Barbosa, o qual era apoiado por Evaristo.
No dia 18 de outubro de 1911 Evaristo remeteu a carta para Rui, mestre do civilismo e da advocacia, a qual fora recebida apenas dia 20 do respectivo mês.
Em resumo, o que continha nessa carta era a solicitação de uma solução para o desencargo da sua consciência, sobre o patrocínio da causa. Alegando, inclusive, o fato de o acusado ter sido seu colega de escola durante quatro anos, e também a recusa por parte de outros advogados em defendê-lo, chegando até a ser considerado pela opinião pública como acusado indigno de defesa.
Para finalizar a carta, Evaristo faz a pergunta: “...sem a menor quebra dos laços que me prendem a bandeira do civilismo, cometo uma incorreção partidária?”. Em resposta a carta enviada por Evaristo em 26 daquele mês, em que pese o posicionamento contrário ao acusado, demonstrando-lhe repugnância, Rui responde de forma favorável ao patrocínio da defesa de Mendes Tavares.
Ressaltava que o advogado deve se utilizar da lei para proteger o acusado, combatendo a acusação, reivindicando a lealdade às garantias