O Determinismo Científico, Positivismo e Ciências humanas, Reflexos do Positivismo e A Psicologia Comportamentalista.
As leis científicas foram elaboradas com base no princípio de que tudo o que existe tem uma causa: essa teoria se chama determinismo. O método das ciências da natureza – física, química, biologia – permite identificar as relações constantes e necessárias entre os fenômenos, e a partir daí formular as leis.
O mundo explicado pelo determinismo é o mundo da necessidade, e não o da liberdade.
Necessário é tudo aquilo que tem de ser e não pode deixar de ser. Nesse sentido, é o oposto de contingência, que significa “o que pode ser de um jeito ou de outro”.
Ao aquecermos uma barra de ferro, ela se dilata: a dilatação é necessária, pois corresponde a um efeito inevitável, que não pode deixar de ocorrer. No entanto, é contingente que neste momento, por exemplo, você esteja usando uma roupa vermelha ou amarela.
Positivismo e ciências humanas
Não demorou para que o determinismo, conceito básico para a explicação nas ciências da natureza, também passasse a ser usado para compreender os fenômenos humanos.
O filósofo francês Auguste Comte (1798-1857), expoente da doutrina positivista, fundou a sociologia, por ele denominada primeiramente física social. Comte desenvolveu uma teoria segundo a qual o espírito humano teria passado por fases em que inicialmente as explicações eram teológicas, depois filosóficas e, por fim, no estágio de maturidade intelectual, científicas.
Chamou essa fase de estado positivo, por se basear no conhecimento das relações invariáveis dos fatos, e que, por meio de procedimentos como observações e raciocínio, permitem alcançar o enunciado de leis universais. Portanto, para que a ciência sociológica se tornasse positiva, seria preciso usar o método das ciências experimentais; isto é, submeter-se ao mesmo tipo de investigação usado em biologia, química e física.
O francês Hippolyte Taine, discípulo de Comte, afirmava que toda vida humana social se explica por três fatores:
• a raça, grande força