Álvaro Queiroz - Algumas considerações de Epistemologia da Psicologia
- A Fenomenologia como contraponto epistemológico do Positivismo –
Álvaro Queiroz
Historiador, filósofo, teólogo e escritor. Membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, onde ocupa a cadeira nº 53. Professor do Centro Universitário CESMAC, exercendo o magistério na Faculdade de Ciências Humanas (FCH) e na Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (FCSA). No curso de Psicologia da FCH, leciona Introdução às Ciências Sociais e Bases Filosóficas e Epistemológicas da Psicologia. Nos cursos de Administração e Ciências Contábeis da FCSA, ministra a disciplina Introdução à Filosofia. E no curso de Teologia da FCSA, ensina as disciplinas História da Igreja e História das Religiões no Brasil. Autor de 10 (dez) livros e inúmeros artigos científicos, publicados em revistas acadêmicas.
Resumo: O presente artigo faz uma reflexão acerca da fundamentação epistemológica da Psicologia, buscando os pressupostos teóricos e procedimentos metodológicos que a fazem ser uma ciência, ou seja, as suas bases científicas. Nele, a Fenomenologia é apresentada como uma reação crítica em relação à postura mais positivista da ciência psicológica.
Palavras-chave: Epistemologia, epistemológico, Fenomenologia e Positivismo.
A chamada ciência moderna é um fato muito recente da história da humanidade; ela somente surgiu a partir do século XVII, com a “Revolução Científica”, que se caracterizou pela adoção do método científico de Galileu Galilei (1564-1642), fundamentado na experimentação (método empírico) e na matematização (exatidão, precisão). Aceitos esses princípios como fundamentais para o método científico, estabeleceu-se o ideal de cientificidade. Porém, tal modelo de cientificidade fez surgir uma série de dificuldades às ciências humanas ou sociais. Ante os princípios de experimentação e matematização, como ficariam as aspirações dessas ciências de se constituírem como verdadeiras ciências?