Epistemologia
O desejo de conhecer o mundo, as coisas, o homem, faz com que paremos para refletir sobre o significado da palavra conhecimento, costumeiramente usada por todos nós no cotidiano. Embora a palavra seja de uso comum, o seu significado deve ser amplamente discutido e aprofundado se pretendermos contribuir para o desenvolvimento da psicologia como ciência e como profissão.
Embora, indistintamente a palavra tenha sido usada para fenômenos das mais diversas procedências, como por exemplo, o “conhecimento” que o cachorro tem em relação ao seu dono que lhe dá o alimento, ou o “conhecimento” que o lavrador tem a respeito das coisas do campo, nos interessa, particularmente, discutir sobre como se dá o processo pelo qual o homem é capaz de conhecer, processo este que o distingue das outras espécies, e que lhe permite atingir a condição de ser humano.
Quando falamos de conhecimento, estamos fundamentalmente nos referindo à relação entre um sujeito , chamado de cognoscente (que conhece) e um objeto, chamado de cognoscível (que é conhecido). Trata-se portanto de uma relação onde o sujeito vai apreender o objeto e o objeto será apreendido pelo sujeito. Por exemplo, na ciência, existe o sujeito (cientista) que vai apreender as propriedades do seu objeto de estudo.
Desde a Grécia antiga, a relação sujeito-objeto tem sido alvo de reflexão por parte de filósofos preocupados com essa questão, cuja temática tem suscitado muita polêmica até os nossos dias.
Por essa razão, observamos a falta de consenso sobre o processo inserido na relação sujeito-objeto. Ao contrário, encontramos diversas concepções que procuram explicá-la, e que constitui matéria prima de várias obras filosóficas. Dentre as várias concepções existentes, podemos grosseiramente destacar três: a) Idealista, b) mecanicista; c) dialética.
Na concepção idealista, a relação sujeito-objeto é esquematizada da seguinte maneira: S (O, isto é, considera-se que o sujeito é o