O desmistificar da Civilização
Tomando como base a Obra de Eça de Queirós, podemos constatar de um lado a modernidade a revolução industrial e tecnológica, como sendo a base principal para a grandeza e realização pessoal, tornando assim a civilização um lugar onde seria possível a autentica felicidade. Por outro lado a calmaria e a simplicidade da vida campestre, longe do artificialismo enganoso dos grandes centros urbanos.
O capitalismo e a ganancia excessiva da humanidade no modernismo, tem contribuído para o progresso industrial e tecnológico de maneira ríspida até. Na Obra de Eça de Queirós existem três momentos importantíssimos, sendo que no primeiro momento apresenta o protagonista jacinto como um possuidor de muitas riquezas e sabedorias, e que defendia a civilização e todo o desenvolvimento tecnológico como algo essencial para sobrevivência e prestígio humano, enaltecendo o progresso urbano e industrial. Por outro lado o narrador- personagem Zé
Fernandes, apreciador incansável das belezas, e riquezas naturais, destacando o campo como lugar de paz e harmonia. No segundo momento Jacinto começa a ver a civilização como coisa tediosa e obsoleta e quebra esse paradigma vivido no primeiro instante, e passa então a ver o campo com outros olhos. E por último o protagonista estabelece uma relação positiva entre as duas realidades. A verdade é que com tantas tecnologias surgindo a cada dia, o verdadeiro sentido da vida e a essência do homem vai perdendo seu real valor, uma vez que as novas tendências localizam-se na maioria das vezes nos grandes centros urbanos onde apenas uma parte da sociedade é beneficiada e alienada ao consumismo por vezes até desnecessário, causando desse modo um impacto negativo na sociedade. Porem quando a inteligência humana é utilizada em prol de um bem comum e que atinja todas as classes sociais suprindo suas reais necessidades, torna-se mais cativante e imprescindível a inovação no meio social como um todo.