O Desenvolvimento da Ergonomia
A formalização da Ergonomia como disciplina é recente. Aconteceu a partir de 1949.
O fato buscarmos adaptar as condições do ambiente ou mesmo das ferramentas de trabalho às características humanas vem desde os primórdios da humanidade.
Há evidências de que o homem das cavernas já se preocupava em produzir artefatos cada vez mais apropriados às suas necessidades e características.
Apoiada em métodos e técnicas de análise própria, a ação ergonômica busca respostas aos problemas resultantes da inadequação dos artefatos, da organização do trabalho e dos ambientes ao modo de funcionamento humano.
Essas ações visam ajudar a transformar a ação dos homens, apoiada em critérios de conforto, qualidade, eficiência e eficácia.
Os relatos sobre as origens da ergonomia moderna, frequentemente são associados ao final da Segunda Guerra Mundial.
As análises feitas pela ergonomia demonstram a importância de adaptar os artefatos tecnológicos às características e aos limites do funcionamento de nossos processos percepto-cognitivos.
As demandas formuladas aos ergonomistas no contexto do pós-guerra se relacionavam principalmente com as questões referentes à insalubridade, condições de trabalho, dimensionamento dos homens e equipamentos, adaptação de ferramentas e instrumentos de trabalho e a organização do trabalho.
A partir da década de 1980, o foco de interesse dos ergonomistas voltou-se para a análise de sistemas automáticos e informatizados com ênfase na natureza cognitiva do trabalho.
Esses processos de automação definiram uma nova relação do ser humano com o seu trabalho: deixa de ser um executor e passa a exercer o papel de controlador do processo.
Em processos de produção contínuos, a questão da confiabilidade fica mais em evidência. Nesse contexto surge o debate sobre o erro humano. A análise do trabalho e os conhecimentos produzidos por essa abordagem da ergonomia permitem relativizar esse conceito, na medida em que o erro não pode ser