O desenvolvimento da consciência moral na tragédia grega
Angelo Vitório Cenci, Ética - Geral e das Profissões, Unijuí, 2010
No primeiro capítulo “A Consciência Moral na Tragédia Grega”, da obra de Censi apresenta os modelos éticos morais desenvolvido aqui no ocidente por pensadores que deixaram ao longo de todos esses séculos um saldo significativo no modo de ver e interpretar os fundamentos da moral e da ética, para compreendemos melhor, antes precisamos entender as diferenças entre a ética e moral. Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica, enquanto moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
Levando isto e consideração percebemos que agir implica sempre em correr risco, ou seja, possibilidade de errar, onde todo erro exige explicação, reparação e ou punição, tomada de consciência que nos permite compreender o caráter equivocado de sua ação e, portanto, dar-lhe uma nova direção. O homem trágico está num contexto de homens, heróis e Deuses, e este convive com o desejo de superação da condição humana, por meio desta ação o homem ultrapassa sua condição de ser limitado e finito. Na tragédia, a justa medida só assume vigência depois de os fatos estarem consumados, a ação moderada, a justa medida, foi traduzida pela sophrosine, constituída em oposição à ideia de erro, ou seja, de excesso. É justamente a ideia de erro que evidenciou a consciência moral do homem trágico onde, a expiação do excesso cometido resultará em elevação e educação moral do indivíduo.
Sócrates tomou como ponto de partida de seus ensinamentos o conceito de alma, onde tomou o lema: “Conhece-te a ti mesmo” como base de sua concepção acerca do homem e do agir humano. O