Concepções éticas
MITO, TRAGÉDIA E FILOSOFIA
A aceitação do destino é uma das características das consciências mítica. Os costumes dos ancestrais têm raízes no sobrenatural, as ações humanas são determinadas pelos deuses, consequentemente, não se pode falar propriamente em comportamento ético, uma vez que falta a dimensão de subjetividade que caracteriza o ato livre e autônomo. A passagem do mito a razão, se deu o processo do advento da consciência critica. Mas há um período intermediário caracterizado pela consciência trágica que representa o momento em que o mito não foi totalmente superado e a consciência filosófica não se firmou ainda. Por um curto período a tragédia grega floresceu, os autores mais famosos foram, Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. O conteúdo das peças era retirado dos mitos, há algo de novo no tratamento que os autores, sobretudo Sófocles, dão ao relato as façanhas dos heróis. A tragédia Édipo-Rei de Sófocles é um exemplo. Mesmo que Sófocles tenha tomado do mito o enredo da historia, as figuras lendárias apresentavam-se com a face humanizada, agitam e questionam o destino, a todo momento emerge a força nova da vontade que se recusa a sucumbir aos desígnios divinos e tenta transcender o que lhe é dado como um ato de liberdade.
A CONCEPÇÃO GREGA DE MORAL
Os sofistas rejeitam a tradição mítica ao considerar que os princípios morais resultam de convenções humanas no período clássico da filosofia grega. Sócrates se contrapõe as sofistas ao buscar aqueles princípios não nas convenções, mas na natureza humana. São inúmeros os diálogos de Platão em que são descritas as discussões socráticas a respeito das virtudes e da natureza do bem , resulta daí a convicção de que a virtude se identifica com a sabedoria e o vicio com a ignorância, portando a virtude pode ser aprendida. Aristóteles herdeiro do pensamento de