Concepções éticas medievais
A reflexão patrística sobre o mal e o pecado alimentou toda uma teologia da moral .. que encontrou uma expressão filosófica desde o Scito te ipsum de Abelardo...
A ética medieval também não se contentou em assimilar Aristóteles.. ela desenvolveu para si a moral filosófica e a concepção aristotélica da felicidade...
Sem nunca ter sido dominante, essa tentativa existiu suficientemente... para ser expressamente condenada em 1277...
Nascida na faculdade de artes, a corrente que alimentou a exaltação da vida filosófica... como tal pode ser chamada de "aristotelismo radical", mas também de "aristotelismo ético"....
Este se define pelo encontro de uma psicologia filosófica particular.. a teoria do intelecto do peripatetismo greco-árabe.. posta a serviço da interpretação da significação ética e metafísica da contemplação filosófica.. a "sabedoria teorética" de Aristóteles.
Ética Medieval
O Cristianismo se transforma na religião oficial de Roma (século IV) e impõe seu domínio por dez séculos. Rui o mundo antigo. A escravidão cede seu lugar ao regime de servidão, e, sobre a base deste, organiza-se a sociedade medieval como um sistema de dependências e de vassalagens (aspecto estratificado e hierárquico). Sociedade fragmentada econômica e politicamente, devido à existência de muitos feudos. A religião garante uma certa unidade social, porque a política está na dependência dela, e a Igreja exerce um poder espiritual e monopoliza a vida intelectual. A moral concreta, efetiva, e a ética – como doutrina moral – estão impregnadas de um conteúdo religioso.
A Ética Cristã parte de um conjunto de verdades a respeito de Deus, das relações do homem com o seu criador, e do modo de vida prático que o homem deve seguir para obter a salvação no outro mundo.
A Ética Cristã tende a regular o comportamento dos homens com vistos a outro mundo (Deus). A vida moral alcança sua plena