o debate de valladolid
Este famoso confronto de argumentos ocorreu entre 1550 e 1551 na cidade de Valladolid na Espanha. O debate teve como centro das discussões duas visões opostas sobre a Colonização das Américas e os métodos utilizados pelos espanhóis na ocupação e evangilização dos índios.
Foram protagonistas desse debate Juan Gines de Sepúlveda e Bartolomé de las Casas, ambos eram grandes teólogos e que nas suas trajétorias chegaram ao bispado na Igreja Católica.
Sepúlveda, também conhecido na época por “Gines o Amputado”, discursou por três horas e falou a respeito da inferioridade intelectual dos índios, seus relacionamentos interpessoais primitivos e a prática de atos sacrificais humanos e o canibalismo.
Sepúlveda, baseado na teoria Aristotélica, defendeu as invasões alegando ser um ato de liberdade e de desprendimento primitivo para os índios, para isso admitia a violência irracional e ao que chamou de “guerra justa”. Tratou ainda de culpar aos índios as invasões, por conta de suas inferioridades e a não aceitação da cultura que a consideravam ¨correta¨ e que deveria portanto, ser a praticada pelos povos indígenas.
Bartolomé de Las Casas teria discursado por cinco dias, por conta de sua vasta experiência em expedições, desenvolveu um rico material através das anotações que fazia durante seu trabalho nas chamadas ¨Encomendas¨do governo espanhol.
Diante disso, opondo-se as alegações de Sepúlveda, o frade Bartolomé criticou duramente a ação devastadora Espanhola contra o povo indígena.
Tentou mostrar que os índios eram um povo dotado de virtudes cristãs, facilmente submissos e tranquilos. Contudo relata também a valentia e a objeção aos ataques por parte dos índios, totalmente compreensíveis diante da barbárie, porém sem um merecido êxito.
Ainda que incutido por uma postura assimilacionista, Las Casas defendia a idéia de que ao invés de soldados armados e o uso da