O código de manu
Manu (da raiz verbal homem em sânscrito) na mitologia Hindu é o filho de Svayambhuva, pai e marido de Ila. Os Manus não são homens, mas um coletivo. Eles são considerados os "pais da humanidade". São um nome genérico para os progenitores da humanidade.
Segundo uma lenda, Sarasvati foi a primeira mulher, criada por Brahma da sua própria substância. Desposou-a depois e do casamento nasceu Manu, o pai da humanidade, a quem se atribui o mais popular código de leis reguladoras da convivência social. ( Equivale e Adão)
Personagem mítico constantemente citado e altamente honrado não somente como o sumo legislador. É freqüentemente envolvido na lenda, assumindo ora a figura de um antigo sábio, de um rei, de um legislador, ora como o único ser sobrevivente após a catástrofe do dilúvio.
Manu, progênie de Brahma, pode ser considerado um dos mais antigos legisladores do mundo; a data de promulgação de seu código não é certa, alguns estudiosos calculam que seja aproximadamente entre os anos 1300 e 800 a.C.
O Código de Manu (séc. II a.C.- séc. II d.C.) não teve uma projeção legal muito potente se comparado ao Código de Hamurabi, porém se infiltrou na Assíria, Judéia e Grécia. Em certos aspectos é apenas um legado, comparado ao deixado por Roma à modernidade.
Inscrito em sânscrito, constitui-se na legislação do mundo indiano. Historicamente as leis da Manú, são tidas como a primeira organização geral da sociedade sob a forte motivação religiosa e política. É vista como uma exaustiva compilação das civilizações mais antigas.
As leis de Manu são concebidas como um calabouço profundo, onde o Hindu de classe média ou inferior, encontrava um abismo legal diante de suas ações inseguras. Isto é justificado, em face da adoção ideológica de que o castigo e a coação são essenciais para se evitar o caos na sociedade.
Sem dúvida, é um “código” elitista, pois salvo algumas exceções, como a contida no art. 13 “justiça é o único amigo que acompanha os