O cérebro adolescente

AVA - Instituto de Bioquímica Médica

Disciplina: Cognição e emoção, o caminho do aprendizado
Tutora: Nathalia dos Santos Alves
Aluna: Ana Maria de Sá

TEMA:

O CÉREBRO ADOLESCENTE

INTRODUÇÃO
“Desejara que não houvesse idade entre 10 e 23 anos, ou que a mocidade dormisse todo este tempo que só é ocupado em deixar com filhos as raparigas, aborrecer os velhos, roubar e provocar brigas. Tendo dito isto, a quem o conceberia caçar com semelhante tempo, se não a estes cérebros ferventes de 19 a 22 anos” – Trecho da obra “Um conto de inverno”, de Willian Shakespeare, que já no início do século XVII retratava a adolescência como um período conturbado.
É difícil entender as mudanças repentinas de humor, o sono exagerado, a preguiça e as explosões emocionais de um adolescente, porém, recentes estudos sobre o cérebro humano, alteram a visão que se possuía sobre esse comportamento, nos tirando o pensamento de que “a culpa é dos hormônios” para nos lançar no mundo cerebral do adolescente realçando que mudanças cerebrais ocasionam alterações comportamentais involuntárias, ou seja, nenhum adolescente tem plenos poderes em sua transformação. A forma como ela acontece se dá pela ação de processos orgânicos que não sabe explicar e não pode controlar. É por essa razão que bem mais útil que criticar e punir é compreender e ajudar, visto que adolescentes nem são crianças grandes, nem adultos donos de um cérebro já pronto e apenas temporariamente atordoado por hormônios. Adolescentes são donos de um cérebro adolescente, em franca remodelagem, e justamente daí vêm todas as características da fase.

DESENVOLVIMENTO
Os cientistas acreditavam que apenas bebês possuíam uma infinidade de conexões neuronais, que vão se organizando em um arranjo mais eficiente ao longo dos três primeiros anos de vida. No entanto, esta teoria foi posta por terra a partir dos estudos de imagens cerebrais que mostraram uma segunda explosão de brotamento neuronal logo antes da puberdade. A