o crime do padre amaro
Após a morte do pároco José Miguéis, foi transferido para Leiria um padre jovem chamado Amaro Vieira. Aconselhado pelo cônego Dias, seu mestre de moral no seminário, Amaro foi instalar-se na casa da D. Joaneira. À noite na casa, havia encontros entre beatos e o clero, marcados por jantares, músicas, conversas, jogos e discussões sobre fé.
É nesse cenário que padre Amaro encanta-se por Amélia, uma jovem muito bonita e passam a trocar olhares, despertando o ciúme de João Eduardo, noivo da moça.
O narrador, através de uma retrospectiva, conta que Amaro ingressou no seminário aos 15 anos, por obediência a sua tia que lhe criara com os preceitos cristãos. Porém, não era esse o seu desejo. Desejava mesmo era estar com uma mulher, chegando até associar a imagem de Nossa Senhora a uma, sentindo desejo por ela. Sendo assim, não por vocação e mais por comodismo, Amaro tornara-se padre.
Em Leiria, rezava missas por costume, mas seu pensamento e sua ocupação era Amélia.
O primeiro contato físico entre o casal aconteceu numa fazenda da família; Amaro beijou o pescoço de Amélia, e ela saiu correndo. Amaro, com receio de se envolver mais intimamente e todos descobrirem, resolveu se mudar para outra casa. Enciumado pelas visitas de padre Amaro, o então noivo de Amélia escreveu o comunicado “Os modernos fariseus”, onde fez várias acusações contra os padres, inclusive mencionou que o padre Amaro estaria se envolvendo com uma “donzela inexperiente”. Após isso, o pároco aconselhou que Amélia desfizesse seu noivado, pois João Eduardo não seria digno. João Eduardo fica sem emprego e, revoltado, dá um soco no jovem padre.
Amaro volta a frequentar as reuniões na casa de D. Joaneira e se aproximar de Amélia, sem os olhos enciumados de João Eduardo. Numa oportunidade, voltando de uma visita à casa