O COTIDIANO ESCRAVO NO PERIODO COLONIAL
1Rafael Cornélio
Resumo: Este artigo tem por objetivo analisar o escravo negro africano vindo ao Brasil no período do século XVI, sua trajetória desde o momento em que sai de sua terra até a chegada ao novo mundo. Terá como foco principal a região do nordeste, procurando evidenciar o trabalho nos engenhos de açúcar do período colonial. Será tratado também alguns aspectos do cotidiano e alguns tipos de revolta escrava por conta da repressão sofrida.
Palavras-chave: Mulher; negra; escravidão; resistência.
1- Introdução
O presente artigo tem por objetivo analisar a vida dos escravos africanos no século XVI, ilustrando o decorrer de sua situação. O negro servia de peça, peça essa fundamental para o desenvolvimento da colônia, os escravos, sem distinção de sexo serviram para trabalhos desde colher e plantar à trabalhos domésticos e de comércio. Teoricamente não havia distinção, a escrava negra era tratada da mesma maneira como o homem negro, porém um fator recorrente no período que fazia com que as mulheres sofressem um tanto a mais, era o fato de muitas vezes serem tratadas como objeto sexual, sendo submetidas à seus senhores. O objetivo deste trabalho é colocar a mostra que mesmo sendo humilhados e açoitados, os escravos não ficaram passiveis a este tratamento, desenvolveram formas de resistência, algumas radicais como homicídio de seus senhores ou tirar a própria vida, outras menos radicais como a questão cultural. Os negros escravos tiveram no Brasil importante papel na construção da sociedade, toda a questão cultural de várias etnias africanas contribuiu para formar o que iríamos chamar depois de Brasil.
2- Contexto Os portugueses chegam ao que viria a se chamar Brasil em 1500, pouco tempo depois se dá início ao processo de exploração. A mão de obra indígena já não era suficiente para suprir a demanda que o setor açucareiro havia alcançado, não sendo substituída, começa-se a pensar em traficar africanos para um