Periodo Colonial
Durante o período colonial, os colonizadores importaram as correntes estilísticas da Europa à colônia, adaptando-as às condições materiais e socioeconômicas locais. Encontram-se no Brasil edifícios coloniais com traços arquitetônicos renascentistas, maneiristas, barrocos, rococós e neoclássicos, porém a transição entre os estilos artísticos do Brasil colonial é motivo de debate entre os especialistas. Escrita por Gilberto Freyre, a obra, Casa Grande & Senzala aborda a formação e o desenvolvimento econômico-social do Nordeste durante a era colonial. O autor faz uma análise da cultura de forma geral (mostrando também a singularidade do negro-escravo-, índio e do português).
Período colonial: análise de uma época segundo Freire.
“[...] a miscigenação que largamente se praticou aqui corrigiu a distância social que de outro modo se teria conservado enorme entre a casa-grande e a mata tropical; entre a casa-grande e a senzala [...]”. (FREYRE, 2004: p. 33)
Em Casa-Grande & Senzala, Gilberto Freyre analisa a formação da família brasileira. Para tanto, cita as possíveis influências dos diversos povos que contribuíram para sua formação, destacando como elemento fundamental a miscigenação racial. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelos povos menos desenvolvidos aqui encontrados, igualmente aos escravos africanos, foi esta convivência entre eles e seus colonizadores, os portugueses, que culminaram para a formação do que hoje é um país miscigenado e acolhedor às diversas raças e culturas, segundo Freire.
A formação social brasileira girou em torno da casa-grande. Foi lá que germinou muitos aspectos da cultura brasileira. E toda a estrutura em torno da casa-grande representa melhor que qualquer coisa as contradições da terra, convivendo em equilíbrio assimétrico entre o negro e o branco, o escravo e o senhor. Estes conviveram juntos dentro da casa-grande (serviços domésticos eram feitos por negros), palco mor dessa representação, ao qual até a