A significação do golpe de abril
DO VIVER AO PRATICAR: SINCRETISMO RELIGIOSO NO BRASIL COLONIAL Autora: Gláucia de Souza Freire
Universidade Federal de Campina Grande glauciasf1@yahoo.com.br
Orientadora: Drª. Juciene Ricarte Apolinário
Universidade Federal de Campina Grande
Introdução Desde os tempos coloniais o Brasil é palco de um intenso processo de integração entre as várias culturas que se aventuram em visitá-lo. Colocamos aqui, povos indígenas e africanos, além de católicos portugueses como protagonistas da gênese do sincretismo religioso no período colonial. Consideramos, porém, que outras culturas se fizeram presentes no processo de construção cultural brasileiro, como os judeus e os árabes, aqueles desde a época das entradas e bandeiras, quando os cristão-novos saíam em busca de ouro e indígenas para enriquecimento dos cofres lusos e engrandecimento da Igreja Católica Apostólica Romana, recebedora de almas para entrega a Deus, segundo dizia. É válido destacar ainda, que quando falamos em indígenas, africanos e lusos, atentamos para as peculiaridades existentes em cada um desses grupos humanos, pois nenhum deles se constitui como etnicamente ou culturalmente isento de influências de outrem. Se os lusos haviam incorporado costumes de outros povos europeus, asiáticos e africanos, o que diremos da diversidade de sociedades existentes na África e no continente que viria a ser chamado América? O sincretismo foi intenso por cá, no entanto, não seria interessante para todos: de um lado vemos uma religião católica, tentando se fechar em seus templos; de outro, percebemos as crenças indígena e africana adentrando a casa-grande e os recantos mais secretos da mente e vivência luso-brasileira, destronando promessas e penitências, louvando trabalhos e forças mágicas. A religião na colônia, mesmo