O cortiço
João Romão era, antes de ser dono do cortiço, empregado de um vendeiro e desde já possuía a ambição do enriquecimento. Conheceu Bertoleza, que o ajudava com as refeições e possuía a quitanda mais bem afreguesada do bairro. Quando seu marido faleceu, João consolou-a, mostrou grande interesse em viver com ela, e tornou-se trabalhador do comércio da crioula. Depois deu um tempo foram morar juntos.
Assim começou o cortiço (João investiu em casinhas que eram alugadas por mês e tinas por dia, com pagamento adiantado).
Ao decorrer do livro, nota-se que a vontade de ascensão social de João Romão cresce cada vez mais. Explora os empregados (inclusive Bertoleza, que trabalha todos os dias da semana, sem descanso), sempre com o objetivo de acumular mais capital, e cria uma briga com Miranda por pedaços de terra. Após certo tempo, começa a invejá-lo por sua condição social, e passa a labutar cada vez mais arduamente.
O que modifica sua visão do que é ascensão social é quando Miranda ganha um título de barão, deixando João Romão com a ideia de que precisaria mudar seus costumes, e que poderia começar a gastar parte de seu dinheiro com o que antes achava desnecessário, mas agora via como essencial para conseguir um bom título.
Seu objetivo de vida se torna o crescimento na escala social, e após receber também seu título de barão, até seu relacionamento com Miranda muda para melhor. Ele modifica completamente o cortiço, deixando-o com aparência mais convidativa, e os próprios moradores “de sempre” do lugar precisam se mudar para outro porque os preços aumentam. O antigo cortiço vira “Vila João Romão”, e passa a ser mais bem frequentada.
O ápice do