O cortiço
Estrutura Foco Narrativo Personagens Tempo
Espaço Estilo Características
naturalistas
O livro O Cortiço é divido em 23 capítulos que compõem a narrativa de O Cortiço e que contam uma estória com princípio, clímax e desfecho, dentro de uma disposição tradicional, podem ser reestudados pela configuração de dois conjuntos que agrupam elementos de características semelhantes. O conjunto 1 – cortiço de São Romão – define-se por sua composição elementar. Seus elementos têm uma constituição primária e estão ao nível da natureza e do instinto. O conjunto 2 – casa do Miranda – mostra a vigência de certas regras mais definidas culturalmente. Existe entre seus elementos uma coexistência baseada num maleável regime de trocas, que indica a predominância de outros interesses que não o puramente instintivo.
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A obra é narrada em terceira pessoa, com narrador onisciente (que tem conhecimento de tudo), como propunha o movimento naturalista. O narrador tem poder total na estrutura do romance: entra no pensamento dos personagens, faz julgamentos e tenta comprovar, como se fosse um cientista, as influências do meio, da raça e do momento histórico.
O foco da narração, a princípio, mantém uma aparência de imparcialidade, como se o narrador se apartasse, à semelhança de um deus, do mundo por ele criado. No entanto, isso é ilusório, porque o procedimento de representar a realidade de forma objetiva já configura uma posição ideologicamente tendenciosa.
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Aluísio Azevedo expõe suas personagens ao leitor com grande carga de elementos subjacentes, caracterizando os costumes, a moda e interdições da época. Dito, de outro modo, no Autor de O cortiço encontramos na linguagem, no vigor de suas palavras ou na expressividade de descrições com valor pictórico, o predomínio de observações das instituições culturais humanas vigentes na ocasião. O romance é escrito em