O Cortiço
Além disto, a menina Zulmira não possuía amor familiar oriundo destes, caracterizando-a como renegada. O casal se odiava, bem como dormiam em quartos separados. Porém, quando o desejo carnal vinha à tona, Miranda se rendia ao desejo e “invadia” o quarto de Estela; em todas estas invasões, faltava sucesso. Para ela, esta iniciativa do marido soava como cômica e irônica, ao mesmo tempo. Mas, em uma das noites, ambos se entrelaçaram em prol desta ardência venérea, entregando-se como nunca. Embora a vida privada de ambos fosse conturbada, eles prezavam pela valorização de sua imagem social, fazendo o papel exemplar de casal perfeito e família unida. A mudança ao casarão em Botafogo se deu pela percepção de Miranda em relação aos gracejos de sua mulher com seus caixeiros.
No casarão, não havia quintal. Então, Miranda fora dialogar com João Romão na intenção de comprar uma porção de terra para a confecção do mesmo. Parrudo que só, o vendeiro recusou a proposta e contrapropôs a compra do terreno situado aos fundos da casa de Miranda, idealizando a expansão do Cortiço de São Romão. E nesse bate-boca, acabaram por não concretizar negócio algum.
Além destes, haviam outros habitantes no lar de Miranda:
Henrique: filho de um dos clientes do Miranda, o menino possuía 15 anos e se hospedara na casa do rapaz em prol da preparação ao ingresso à Academia de Medicina. Estela possuía extremo