O cortiço

Sobre o Autor e suas Obras
Aluisio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luis, Maranhão em 14 de Abril de 1857, foi considerado um dos pioneiros do Naturalismo no Brasil. Quando jovem ele fazia caricaturas e poesias, como colaborador, para jornais e revistas no Ri de Janeiro.
Autor de diversos livros como Uma lágrima de mulher de 1880, seu primeiro romance; O mulato de 1881, que provocou escândalo no seu lançamento; Casa da pensão de 1884, que o consagrou e o Cortiço de 1890, sua obra mais importante.
Ele que não escondia seu inconformismo com a sociedade brasileira e com suas regras, escreveu outros títulos: Condessa Vésper (1882), Girândola de Amores (1882), Filomena Borges (1884), O Coruja (1890), O Homem (1887), O Esqueleto (participação de Olavo Bilac), A Mortalha de Alzira (1894), O livro de uma Sogra (1895) e contos como: Demônios (1895).
Durante grande parte de sua vida viveu daquilo que ganhava como escritor, mas ao entrar na vida diplomática abandonou a produção literária. Morreu em Buenos Aires, Argentina, em 21 de Janeiro de 1913.
Enredo de “O Cortiço”
O livro narra inicialmente a saga de João Romão rumo ao enriquecimento. Para acumular capital, ele explora os empregados e se utiliza até do furto para conseguir atingir seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a domingo, trabalhando sem descanso.
Em oposição a João Romão, surge à figura de Miranda, o comerciante bem estabelecido que cria uma disputa acirrada com o taverneiro por uma braça de terra que deseja comprar para aumentar seu quintal. Não havendo consenso, há o rompimento provisório de relações entre os dois.
Com inveja de Miranda, que possui condição social mais elevada, João Romão trabalha ardorosamente e passa por privações para enriquecer mais que seu oponente. Um fato, no entanto, muda a perspectiva do dono do cortiço. Quando Miranda recebe o título de barão, João Romão entende que não basta ganhar