O corpo
Esta substância é um opiáceo, sendo, por isso, produzida a partir da papoula (de onde é extraído o ópio), que é transformada em morfina e mais tarde em heroína. Os principais produtores de papoula são o México, Turquia, China, Índia e os países do chamado Triângulo Dourado (Birmânia, Laos e Tailândia).
Este alcaloide tem uma ação depressora do sistema nervoso. É comercializada em pó, geralmente castanho ou branco (quando pura) de sabor amargo. Foi, durante muito tempo, administrada por via intravenosa, mas o aparecimento da SIDA e os efeitos devastadores que esta teve nos heroinómanos, levou à procura de novas formas de consumo. Atualmente, opta-se também por fumar ou aspirar aos vapores libertados pelo seu aquecimento. No entanto, a preparação de uma injeção de heroína continua a ser um ritual, do qual fazem parte a colher e o limão.
A heroína é frequentemente misturada com outras drogas como a cocaína ("speedball"), de forma tornar os efeitos de ambos mais intensos e duradouros.
Em calão, a heroína possui várias denominações. Entre elas podemos referir heroa, cavalo, cavalete, chnouk, castanha, H, pó, poeira, merda, açúcar, Brown sugar, burra, gold (heroína muito pura), veneno, bomba ou Black tar.
Os opiáceos atuam sobre receptores cerebrais específicos localizados no sistema límbico, na massa cinzenta, na espinal medula e em algumas estruturas periféricas. A morfina, um dos principais componentes da heroína é responsável pelos seus mais salientes efeitos. Funciona como um analgésico poderoso e abranda o funcionamento do Sistema Nervoso Central e da respiração.
Origem
O elevado número de viciados em morfina (usada como analgésico) criou a necessidade de se encontrar outra substância que funcionasse como substituto e não gerasse dependência. Foi neste contexto que, em 1874, os laboratórios alemães Bayer descobrem um novo produto, ao qual dão o nome de heroína (heroish em alemão significa poderoso, heroico). A heroína era três vezes mais forte do