O controle e disciplinas nas organizações burocráticas

O CONTROLE NAS ORGANIZAÇÕES BUROCRÁTICAS: O CASO DA ESCOLA
CONTEMPORÂNEA

INTRODUÇÃO.
Controle, poder e disciplina são temáticas centrais nas teorias organizacionais, em especial nas organizações burocráticas. Quando falamos em organizações, direta ou indiretamente estamos tratando destas temáticas.
Weber, considerado um marco nos estudos organizacionais, investigou a burocracia como um sistema de poder e dominação da mesma categoria do patriarcalismo, do patrimonialismo e do feudalismo (MOTTA; PEREIRA, 1989). Esse poder estaria, em ultima instancia, legitimado pela dominação racional – legal e pela racionalidade instrumental e ao longo do tempo se tornaria predominante e característico na sociedade contemporânea.
É neste contexto de extrema racionalidade e disciplina que nasce a escola tecnicista, como uma espécie modeladora do comportamento humano, criando intencionalmente uma configuração de sujeitos não diferenciados, que com métodos de controle e disciplina, levam a obediência irracional, e seguem os métodos racionais da organização durante todo o processo de formação do individuo, desde a pré-escola até a formação universitária.

CONTROLE
Antes de adentrarmos especificamente na temática central deste artigo, qual seja: a eficácia dos meios de controle burocrático na escola do século XXI, cabe salientar que a temática controle, devido a sua importância e complexidade, é objeto de análise de várias áreas do saber: antropologia, ciências políticas, sociologia, administração, psicologia, ect. Dessa forma, o tema pode ser visto sob diversos ângulos e acepções. Abaixo traremos alguns conceitos de controle e suas características:

O controle para Tannenbaum
Tannenbaum (1975) parte do pressuposto de que vivemos em uma sociedade organizacional e, o fruto desse modo de vida, ao mesmo tempo em que recebemos inúmeros benefícios, pagamos um alto preço por esses. Para esse autor, o âmago dessa troca reside no processo de controle. Nesse