O contexto da leitura em sala de aula
“Saber ler” não é simplesmente juntar as letras formando palavras, juntar palavras formando frases e nem juntar frases formando textos, saber ler não é simplesmente ler, “saber ler” é ler e entender, é ler e depois poder expressar aquilo que leu com suas próprias palavras, saber ler é saber interpretar e até resolver.
Ler, na concepção do Mestre Paulo Freire, poderia ser traduzido como o ato mesmo de viver, respirar- ação que “não se esgota na descodificação pura da escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo”, (FREIRE, 1986, p.11-3) nas relações sociais. A proposta do ato de ler pode ser entendida como base para a conscientização. Primeiro passo para desvendar os valores ideológicos que permeiam as relações sociais.
Por meio da leitura, exercitam-se reflexões por parte dos indivíduos acerca do contexto sócio-político e econômico no qual se inserem, de modo a se propiciar uma leitura crítica e fomentadora de transformações.
Ter livros e outros materiais de leitura ao redor, é mais comum do que se imagina. Atualmente, bibliotecas móveis, bibliotecas em escolas e outros locais públicos como terminais rodoviários, prefeituras, assembléias legislativas, igrejas, salas de leitura, jornais, revistas e até mesmo o avanço da internet e a inclusão digital, facilitam muito o acesso a conteúdos de leitura a todos que por eles se interessarem. O grande desafio da atualidade, porém, é fazer com que as pessoas se interessem pelos conteúdos e que deles possam agregar riquezas ao seu saber, tirar proveito deles, é incorporar esses conhecimentos em seu dia a dia e enxergar nesse enriquecimento, a oportunidade de mudanças e ou transformação de sua vida diária. É aprender a interpretar os conteúdos e tirar deles possíveis soluções em sua vida. É fazer o educando construir a sua própria vida, num contexto histórico crítico, derrubar barreiras, desbravar novos caminhos.
A leitura tem que ter um