didática específica
Antunes (2003, p.66-84):
I. A leitura é parte da interação verbal escrita, enquanto implica a participação cooperativa do leitor na interpretação e na reconstrução do sentido e das intenções pretendidos pelo autor.
II. A leitura é uma atividade de acesso ao conhecimento produzido, ao prazer estético e, ainda, uma atividade de acesso às especificidades da escrita.
III. A leitura envolve diferentes processos e estratégias de realização na dependência de diferentes condições do texto lido e das funções pretendidas com a leitura.
IV. A leitura depende não apenas do contexto linguístico do texto, mas também do contexto extralinguístico de sua produção e circulação.
Na perspectiva sócio-histórico-cultural de aprendizagem, professor e alunos atuam como parceiros na produção de conhecimentos, em um processo colaborativo de aprendizagem. As ações desenvolvidas pelo professor caracterizam-se por provocar conflitos cognitivos em seus alunos, gerando o que Vygotsky denomina Zona de Desenvolvimento Proximal, ou seja, um espaço de articulação entre conhecimentos prévios e conhecimentos novos, com foco no mundo real.
. A oralidade em sala de aula deve ser orientada para a coerência global, ou seja, o professor deve propiciar ao aluno condições para que identifique aspectos globais do texto sobre o qual uma dada interação está apoiada.
II. A oralidade em sala de aula deve ser orientada para a articulação entre os diversos tópicos ou subtópicos da interação.
Na perspectiva de Schneuwly (2004), a professora Ana Maria perdeu a oportunidade de trabalhar o gênero textual relativo ao texto lido, pois poderia ter organizado uma sequência didática que propiciasse ao aluno compreender o contexto de produção do texto lido, suas características específicas, seu objetivo e, portanto, ser capaz de selecionar informações nesse texto para então produzir seus próprios textos. Essas tarefas seriam tratadas a partir da atividade oral dos