O contador de história
O drama, baseado em fatos reais, narra a história de vida de Roberto Carlos Ramos, tido como um dos dez maiores contadores de histórias do mundo. Minas Gerais, anos 70. Nascido em uma favela de Belo Horizonte, filho caçula de dez irmãos, aos seis anos de idade Roberto Carlos Ramos foi ‘escolhido’ pela mãe para ser interno em uma instituição oficial que, segundo a propaganda da TV, preparava crianças para serem ‘médicos, advogados, engenheiros’. A realidade se revelou, no entanto, bastante diferente para o menino até então criado em uma família e dotado de pródiga imaginação. O filme traz a tona os preconceitos, a desigualdade social e a complexidade educacional. Na FEBEM, Roberto passou a conviver com diversas pessoas e a passar por inúmeras situações difíceis e, para driblar a adversidade, Roberto usa seu melhor instrumento: a incrível capacidade de criar situações e imagens para transformar a realidade. Aos 13 anos, ainda analfabeto, depois de mais de 100 tentativas de fuga, separado da família, Roberto carrega o estigma de ‘irrecuperável’. Na própria FEBEM, no decorrer da trama, Roberto conhece a Pedagoga francesa Margherit Duvas, que resolve ajudá-lo. De início o convívio entre Roberto e a Pedagoga é bastante difícil, normalmente a criança só andava fugindo e se envolvia com delinquentes. Com o carinho, atenção e confiança da pedagoga, Roberto aprendeu a ler e escrever e foi descobrindo a importância de um docente. Na França, Roberto fez faculdade de pedagogia e, ao retornar ao Brasil para ver sua mãe, acabou fazendo estágio como pedagogo na própria FEBEM, servindo de exemplo de