O conhecimento verdadeiro em heraclito
Heráclito criticava bastante o senso comum, que para ele é incapaz de ir alem do que a experiência sensorial oferece e não compreende que tudo é um, tudo é múltiplo e que tudo flui.
A sabedoria e a verdade plenas pertencem apenas à divindade (o próprio logos). Por isso diz ele: “é sábio escutar não a mim, mas ao logos que por mim fala”. Tudo que podemos fazer é amar e procurar o conhecimento.
Em um dos fragmentos, este recolhido por Plutarco diz: “procurei-me a mim mesmo”, o que seria esta procura a si mesmo? O fragmento citado por Numênio diz assim: “O homem, como uma criança, escuta o divino (logos), tal como a criança ouve o homem”. procurar é nada menos que ouvir o logos que se esconde numa harmonia invisível, é colocar-se em consonância com o lógos.
Alguns fragmentos nos auxiliam a entender melhor a critica ao senso comum de Heráclito:
“muitos não percebem tais coisas, todos os que as encontram nem quando ensinados conhecem, mas a si próprios lhes parece que as conhecem e percebem”.
“más testemunhas para os homens são os olhos e os ouvidos, se eles tiverem a alma Bárbara”.
“A harmonia invisível é superior a visível”.
“A natureza ama ocultar-se”
Conhecer é decifrar e interpretar a natureza que ama ocultar-se. A alma mistura de ar, água e fogo, será tanto mais racional quanto prevalecerem as medidas de fogo sobre as demais. Nossa alma absorve medidas de fogo através da respiração, por isso quando baixamos seu ritmo , nossa capacidade de conhecimento baixa, como o sono e o sonho, quando as medidas de água superam as de fogo há o mesmo efeito, como na doença ou na embriaguez.
Assim é o senso comum , a alma bárbara não sabe ver ouvir ,nem ver e nem sequer