Trabalhos escolares
Heráclito
Heráclito de Enfezo considerava a natureza (o mundo, a realidade) um ''fluxo perpétuo'', o escoamento contínuo dos seres em mudança perpétua. Dizia: '' Não podemos banhar-nos duas vezes num mesmo rio, porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmos''. Ele comparava o mundo à chama de uma vela que queima sem cessar e transformar a cera em fogo, o fogo em fumaça e a fumaça em ar. O dia se torna noite, o verão se torna outono, o novo fica velho o quente esfria, o úmido seca; cada ser um movimento em direção ao seu contrário.
A realidade para Heráclito, é a harmonia dos contrários que não cessam de se transformar uns nos outros. Como explicar que nossa percepção nos ofereça as coisas como se fossem estáveis, duradouras e permanentes? Com essa pergunta o filosofo indicava a diferença entre o conhecimento que nossos sentidos nos ofereciam e o conhecimento que nossos pensamentos alcança.
Parmênides de Eléia
Parmênides colocava-se na posição oposta à de Heráclito. Dizia que só podemos pensar sobre aquilo que permanece sempre idêntico a si mesmo, que o pensamento não pode pensar sobre coisas que são e não são, que ora são de um jeito e ora são de outro, que são contrárias a si mesmas e contraditórias. Para Parmênides conhecer é alcançar o idêntico, o imutável. Nossos sentidos nos oferecem a imagem de um mundo em constante mudança, onde nada permanece idêntico a si mesmo, onde tudo se torna o contrário de si mesmo: o dia vira noite, o inverno vira primavera, o doce se torna amargo, o pequeno vira grande, o grande diminui, o doce amarga, o quente esfria, o frio se aquece, o líquido vira vapor ou vira sólido. Como pensar o instável o que se torna oposto e contrário de si mesmo? Não é possível, dizia Parmênides. Pensar é apreender um ser em sua identidade profunda e permanente. Com isso, afirmava o mesmo que Heráclito - perceber e pensar são diferentes, mas o dizia em sentido oposto ao de Heráclito.
Demócrito de