O conceito de representação política
RESENHA
A autora inicia o texto explanando dobre Representação e Autoridade e afirma que foi Thomas Hobbes, quem primeiro formulou uma discussão sistemática sobre o conceito de representação política, todavia o significado que ele empregou ao termo seja diverso do que utilizamos atualmente. Para Hobbes se um homem tem o direito de executar uma ação (autor), ele pode executar ou autorizar alguém para fazê-lo por ele. A questão se coloca, na política, de forma que partindo da ideia do estado de natureza, no qual a luta generalizada prepondera, Hobes entende a necessidade de um pacto social com objetivo de criar uma união perene entre eles. Por esse motivo, que os homens criam um Estado, autorizando um entre eles para representá-los. A autora afirma que está implícito um consentimento que é dado pela aclamação dos cidadãos que participam de uma comunidade política. Essa representação é feita de modo que sua autoridade é ilimitada a ponto de não ter obrigações de prestar contas sobre seus atos.
Para a autora, Hobbes não foi o único a defender esta ideia, muitos teóricos políticos modernos incorporaram essa definição. O mais célebre foi com certeza Max Weber que defendeu o seguinte ponto de vista: para ele a representação implica autoridade de certos membros específicos para agir pelo grupo, e autoridade implica consentimento, legitimidade. Na medida em que a ação é legitimada, quem consente compromete-se com a ação. Desse modo o representado torna-se responsável pelas consequências daquela ação como se ele próprio a tivesse feito.
Maria D’Alva comenta que para cientistas políticos como Tussman e Plamenatz, o critério crucial que dá a autoridade para se agir em nome de alguém são as eleições que de certa forma são vistas como uma concessão de autoridade aos eleitores. Dessa