Fichamento: pitkin, hanna fenichel. representação: palavras, instituições e ideias. in: lua nova, n° 67, 2006.

Nesse texto, Representação: Palavras, Instituições e ideias, Hanna Pitkin tem o objetivo de apresentar a história da etimológica do conceito de representação, com o foco no conceito de representação política, para isso a autora toma o cuidado de pensar esse conceito relacionando com o contexto histórico social e político que ele está inserido.
Para a autora “as palavras e o mundo mudam juntos, mas não em correlação direta.” (p.15) As palavras vão sendo criadas e estão relacionadas aos contextos sócio-históricos que estão inseridas. Esse processo de formação das palavras é altamente complexo principalmente no campo dos fenômenos sociais, culturais e políticos porque os significados desses conceitos são constituídos pela conduta humana e essa conduta vai mudando no decorrer da história. O conceito de representação é bastante ilustrativo porque o desenvolvimento dessa família de palavras é altamente abstrato e retrata a complexidade desse processo. Portanto, nesse texto é apresentado o desenvolvimento do conceito de representação até chegar ao conceito que conhecemos de representação política.
Num primeiro momento, Pitkin, desenvolve uma descrição do “mapa semântico” da palavra representação mostrando como essa palavra aparece na língua inglesa “represent-” e como o significado da palavra nessa língua é diferente do “mapa semântico” dessa família de palavras em relação a idiomas muito próximos ao inglês como é o caso da língua alemã. Para exemplificar a autora mostra que na língua inglesa a palavra “represent-” pode indicar o que uma pintura, um pintor ou um ator de palco representam, já na língua alemã têm três palavras vertreten, darstellen e representien que geralmente são traduzidas pela palavra inglesa “represent”.
A autora também mostra como essa palavra vai sendo constituída nos diferentes momentos históricos, fala que mesmo que os gregos tivessem instituições e práticas às quais nós hoje aplicaríamos o conceito de representação naquele período não havia