o comportamento do consumidor
Patrícia Reis
Mestranda em comunicação na UFRJ. Pós-graduada em marketing. MBA em administração e sistemas de informação. Pesquisas sobre política de comunicação em agências reguladoras e sobre metodologia de comunicação para APLs baseadas em cultura local. Atua com planejamento e promoções na ANS.
Resumo
Este trabalho visa demonstrar como consumidores, classificados de forma homogênea, no sentido clássico de segmentação, categorizado por faixa etária e sexo, passam a compor um perfil característico da pós-modernidade de agregação em grupos de referência. As questões que definem suas afinidades agora são os balizadores nas suas decisões de consumo.
A visão do consumidor pelo marketing moderno
A modernidade, inaugurada pelo pensamento de Descartes, trouxe à sociedade a necessidade de contextualizar o pensamento e se caracterizou na análise racional e positivista do comportamento de consumo. Para Bauman (1992), a modernidade foi o momento de desenvolvimento de uma ordem racional e de uma liberdade individual que até então não havia sido alcançada. O indivíduo vive intensamente o mito da liberdade individual. Ele nunca foi tão livre em suas escolhas privadas e públicas, mas também nunca foi tão solitário. (Cova, 1997)
Como conseqüência imediata da busca pela liberdade, proporcionada pelos tempos modernos, o sujeito tornou-se mais individualista e solitário. Serviços e produtos foram criados com base na individualidade, customizados a ponto de serem singulares e exclusivos. Tal customização foi possível graças ao incremento tecnológico nas linhas de produção e na implantação de sistemas de marketing baseados no relacionamento um por um. Tamanha tecnologia permite que, cada vez mais, o consumidor seja analisado como um indivíduo isolado que pode ser satisfeito em todos os seus desejos
O pensamento moderno do marketing coloca o consumidor como o centro das