O cinema na teoria crítica de Adorno
O cinema na teoria crítica de Adorno
Trabalho realizado por : aluno nº7532 da FBAUL
Índice
Introdução
Arte e Cultura de Massas aos olhos de Theodor W. Adorno
Arte versus Racionalidade Instrumental
A Mimeses como Expressão do belo Natural
Cinema como industria cultural
Dialética Negativa no Cinema
Possível Estética Filmica (conclusão)
Introdução
Este trabalho, realizado no âmbito da disciplina de Sociologia leccionada pelo professor Rosa Dias na faculdade de Belas Artes da universidade de Lisboa, tem como intuito focar-se sobre o autor Theodor
Adorno e as suas considerações sobre a industria cultural, mais especificamente a industria cinematográfica.
Quando, na mesma linha de pensamento, juntamos Adorno e cinema surge-nos logo a imagem de um critica negativa do segundo por parte do primeiro, respectivamente.
Sustentada sobre a analise do julgamento da industria fílmica feita por Adorno no capítulo Industria cultura: o esclarecimento como mistificação das massas, essa é a imagem generalizada com que ficamos deste autor que tinha o cinema como expoente máximo da degradação cultural.
Ao longo deste trabalho focar-me-ei nas premissas de Adorno na critica da industria filmatográfica, tendo em conta as considerações feitas pelo autor sobre o que é ou não arte e o que nos leva a uma expressão artistica, e colocar a hipótese de que já em 1947, em Composin for the Films, Adorno parece apontar um campo mais amplo da possibilidades que levam a um eventual método de estética filmica. Esta ideia tornou-se mais explicita nos seus textos de 1964 a 1969.
Arte e Cultura de Massas aos olhos de Theodor W. Adorno
Para Adorno, a arte apresenta-se como uma forma de saber totalmente diferente do saber da racionalidade administrada ou instrumental. Em Adorno, a arte, não sendo assimilável conceptualmente e devido ao seu carácter de obscuridade, coloca-se como uma instância ininteligível, possuindo