O caso dos exploradores de cavernas – lon l. fuller
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Confesso que após ler e reler o caso dos exploradores de cavernas, não consigo chegar a uma conclusão sobre se absolveria ou acusaria esses homens devido ao assassinato de Roger Whetmore.
Pensando pelo lado humanístico, eu os absolveria convictamente uma vez que foram mobilizados vários recursos e várias pessoas para salvar esses homens, houve outras mortes devido a novos deslizamentos e elevados gastos para se alcançar o sucesso no salvamento. Esses homens fizeram um acordo entre eles, pois não lhes foi dada nenhuma certeza de quando iriam sair da caverna, eles passaram vinte e dois dias sem comer, até que decidiram em celebrar o acordo de se alimentarem da carne de seu colega Whetmore e no trigésimo terceiro dia foram salvos.
Por outro lado temos a lei, a jurisdição de onde se deve buscar fundamentos para uma melhor abordagem e julgamento dos fatos. Segundo a Constituição Brasileira, homicídio é a pratica violenta de um homem injustamente sofrida por outro homem, salvo em caso de legitima defesa, que foi o que aconteceu com o Whetmore mesmo que todos eles tenham celebrado um contrato social. Não se pode afirmar que sofreram mala fortuna, onde foram obrigados a viver fora da sociedade voltando ao estado de natureza, pois havia ali a consciência da celebração do contrato.
Segundo Handy, como informado no livro, existem quatro formas dos criminosos escaparem da punição sendo: a decisão do Juiz, de acordo com a lei aplicável, de que não cometeu nenhum crime; uma decisão do representante do Ministério Público não solicitando a instauração do processo; uma absolvição pelo júri; e um perdão ou modificação da pena pelo Poder Executivo.
Se eu fosse uma Juíza convidada a participar do julgamento desses homens também me recusaria em participar, pois me sinto bastante divida entre a acusação e a absolvição. Como aluna e iniciante dos estudos jurídicos, opto por absolvê-los da acusação de assassinato