O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS – LON L. FULLER

O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS – LON L. FULLER

Intróito:

“No ano de 4300, quatro réus foram processados e condenados, em primeira instância, pelo Tribunal do Condado de Stoefield, a pena de morte por enforcamento. Inconformados, recorreram da decisão à Suprema Corte de Newgarth.” (Página 17 do livro)

Relatório do Ministro Truepenny:

Cinco exploradores de cavernas, conhecidos como Espeleólogos, decidiram dar início a mais uma de suas aventuras pelo planalto central da cidade de Newgarth, dentre eles, estava o senhor Roger Whetmore. Contudo, no momento em que estavam a uma distância considerável da entrada da caverna, foram surpreendidos por um desmoronamento, impedindo-os de retornar a superfície. Tendo este fato sido reconhecido, imediatamente foi iniciada uma busca pelo local para tentar encontrar os cinco exploradores. Certa vez, inclusive, dez trabalhadores da equipe de resgate foram mortos por novas avalanches que devastaram o local. A maior preocupação da equipe de resgate era com a alimentação e a forma de os cinco exploradores ficarem vivos. Felizmente, passados vinte dias do desmoronamento, soube-se que os espeleólogos tinham levado consigo um aparelho de rádio que era, possivelmente, capaz de fazer com que eles mantivessem algum tipo de contato. Feito o contato, a equipe de salvamento manteve comunicação por algum tempo com o senhor Roger Whetmore. Em sua conversa, desejava saber se eles conseguiriam sobreviver por mais algum tempo dentro da caverna se alimentando de carne humana, até que fossem efetivamente salvos. Um médico que estava no local, acabou respondendo que era possível. Passados alguns dias desse contato, no trigésimo terceiro dia, a equipe finalmente conseguiu resgatar os pobres exploradores, notando também, que Whetmore havia sido morto. O mesmo Whetmore que sugeriu a idéia de que alguém deveria morrer para que todos os restantes se salvassem a tempo. No mesmo instante em que os exploradores que restaram