o carnaval dos velhos tempos
Acho eu, que nem é quarta de fogo, nem de cinzas. É uma quarta da desigualdade social em um País onde as pessoas ainda morrem de fome, País de tantas riquezas , pré-sal, mensalão, bolsa família, um País onde se gasta bilhões em estádios de futebol e governantes que passeiam em aviões públicos para cima e para baixo. O governo se preocupa mais com o lucro e com o dinheiro do que com o cidadão brasileiro. A indústria do carnaval é uma das mais lucrativas do Brasil. Estima-se que o lucro bruto em todo País chegue a vinte bilhões de reais. São mulheres rebolando nas esquinas, seminuas e as passistas nas avenidas, bonitas, belas bundas, e o número de DST que são transmitidos sobre a festa em que tudo é permitido, seios a mostra, barrigas saradas, sexo livre, gravidez indesejadas, quatro dias de ilusão depois tudo acaba. Volta a miséria de sempre, a toda essa gente que no resto do ano vivem muito mal. A forma irônica em que fala a repórter sobre a economia que faz girar os “marreteiros”, para ser mais claro com a sua ironia, quando se fala em churrasquinhos e latinhas. Sabe-se que o carnaval só dá lucro a donos de cervejarias e proprietários de trio elétricos, e poucos artistas baianos. Serve também o carnaval para lavar dinheiro de donos de banca do jogo do bicho. Fala-se também da quantidade de ambulâncias e de policiais que são deslocados ficando a disposição dos foliões bêbados e dos arruaceiros que provocam quebra-quebra, fazendo falta a população do bem. Será que os que curtem o carnaval, são do mal, senhora repórter? O estado da Paraíba onde a repórter se referiu, tem uma população segunda estatística do IBGE de 3.914.418 habitantes, é o décimo terceiro estado mais populoso do País. Onde se comemora o maior são João do País.