O carijó
Os indícios de sua presença encontram-se nos sambaquis e sítios arqueológicos cujos registros mais antigos datam de 4.800 A.C.
Os Carijó, eram uma tribo da nação indígena Tupi-guarani que vivia no sul do Brasil na época do descobrimento. Meiembipe, era como chamavam a Ilha de Santa Catarina.
Tinham pele clara, característica incomum da maioria dos indígenas. Eram milhares e viviam em pequenas aldeias com cabanas de pau-a-pique. Não passavam fome, pois a floresta, que era densa, lhes fornecia o sustento pelas frutas, caça e pesca em abundância. Além disso, utilizavam técnicas primitivas no plantio de milho e mandioca, sempre próximas de suas aldeias. Viviam em equilíbrio com a natureza.
Eram hábeis artesãos, confeccionavam redes, cestos, peças talhadas na madeira, canoas e pirogas, utensílios de cerâmica lisos e decorados. Técnicas adquiridas e transmitidas de gerações, principalmente entre as mulheres que desde cedo na aldeia aprendiam com os mas velhas, que tinham a obrigação de ensinar, a repassarem às crianças, que tinham obrigação de aprender.
O artesanato Carijó era muito diversificado. Seus traçados variavam das redes, esteiras e cestos às armadilhas de caça, como o mundéu e a arapuca, e de pesca, como o covo e o jiqui. Seus trabalhos em pedra polida e madeira abarcavam várias armas para a caça e a guerra, além de inúmeros artefatos, com destaque para a sua maior peça artesanal, a canoa escavada em tronco de garapuvu.
Além desta canoa, confeccionavam também uma embarcação leve, a partir de cascas de árvore amarradas com fibras vegetais, vedadas e impermeabilizadas com ceras e resinas. Sua cerâmica, caracterizada por peças de grandes dimensões, com fins utilitários e decorativos, expressava um apurado senso artístico. Ainda fabricavam bebidas