Economia local
A década 70 foi um período de mudanças, quando se dá inicio a reestruturação capitalista e a crise dos Estados nacionais passam a influenciar debates sobre o processo de desenvolvimento tanto no Brasil como no mundo. Este momento passa por um conturbado processo de reestruturação e ajuste econômico, social e político, principalmente no âmbito dos Estados que antes conduziam o planejamento da vida econômica, e que agora condicionam os mecanismos de tomada de decisão por parte dos gestores públicos permitindo que que os estudos locais tenham um novo enfoque, com o município assumindo funções eram delegadas a instâncias de poder superiores. Assim, os municípios assam a ser um espaço estratégico para o desenvolvimento, com consequencias econômicas, sociais e espaciais. O desenvolvimento econômico local então, surge como tema, sendo percebido como objeto de análise de relações concretas, socialmente construídas e territorialmente localizadas, ganhando destaque no papel que os municípios desempenham como promotores do desenvolvimento econômico, mostrando desafios e transformações ocorridas na economia capitalista, constituindo-se como um conjunto de estratégias e ações para a construção da base produtiva do local, ativando a economia deste. É necessário saber diferenciar o desenvolvimento local com o urbano,uma vez que o urbano inicia-se a partir do projeto físico para determinada cidade, bem como políticas de controle do uso do solo, resultando em uma ordenação de território. Já o local, entende-se como uma região ou parte de um município. As práticas de desenvolvimento local são de variadas dimensões e significados de diversas políticas como as de economia solidaria, dos arranjos produtivos locais, dos sistemas locais de inovação, o desenvolvimento local integrado e sustentável, podendo ser visto como uma nova política social. O desenvolvimento local, parte do princípio da existência de municípios mais autônomos e