O café e a tentativa de industrialização

Um dos acontecimentos econômicos mais importantes do século XIX foi a valorização do café de produto secundário para produto base da economia. A produção em larga escala e a exportação só foi bem sucedida por não exigir capital elevado, técnicas e mão de obra especializada. A cafeicultura começou a se concentrar na Baixada Fluminense, nas proximidades do Rio de Janeiro. A modernização levou a troca de mão de obra escrava por imigrantes assalariados, construção de estradas de ferro e a modernização de portos.
A vinda da família Real Portuguesa e a abertura dos portos fez com que o Brasil acumulasse produtos manufaturados que continham uma qualidade mais elevada que os produtos brasileiros e preço mais baixo fazendo com que não houve oportunidade para os produtos brasileiros.
A economia se caracterizava por depender apenas de um produto, que embora rendesse muito dinheiro, era supérfluo o que enfraquecia o comércio internacional, realizavam empréstimos externos prejudicando a economia.
As dificuldades de modernização no Brasil estão presos ao Tratado de 1810 que deixava as taxas de importações extremamente baixas desvalorizando os produtos internos. Houve a intenção de aumentar a arrecadação de impostos com a Lei Alves Branco, porém acabou por favorecer um surto de desenvolvimento manufatureiro interno, ou seja, causou o surgimento de diversas indústrias.
Apesar de certa modernização tecnológica, o surgimento de novas e várias indústrias no Brasil nada mais foi do que um surto e não um verdadeiro processo de industrialização, devido a ausência de mercado interno e falta de tecnologia.
Outro aspecto de modernização da economia brasileira foi a instalação de estradas de ferro com o objetivo de melhorar o sistema de comunicações e transportes e, assim, facilitar o escoamento da produção agrícola. Em 1854, foi inaugurada a primeira estrada de ferro do Brasil, a Rio-Petrópolis, obra de Mauá, ligando a Baía de Guanabara ao sopé da serra, com 14 km de extensão. No