O brasil
Para especialistas, falta de estrutura para grandes obras prejudica cidades
Investimentos para atenuar problemas ficariam em segundo plano.
Prefeito de Porto Velho diz que benefícios foram alcançados com usinas.
Luciana Rossetto
Do G1, em São Paulo imprimir Obras de grande porte, como usinas hidrelétricas, provocam impactos sociais e econômicos nem sempre positivos nas cidades em que são construídas. Apesar das expectativas do poder público, especialistas ouvidos pelo G1 afirmam que falta estrutura suficiente para receber os trabalhadores migrantes. Os serviços oferecidos à população local ficam saturados com o aumento da demanda.
Para o professor de história da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Alexandre Pacheco, a construção das usinas de Jirau e Santo Antônio causou problemas a Porto Velho, que já tinha uma estrutura deficiente para atender os moradores mesmo antes das obras. “Com as obras, os desequilíbrios aumentaram, embora o poder público apontasse as usinas como as soluções para os problemas de Porto Velho e Rondônia. Foi prometido implantar mais rede de esgoto e unidades de Saúde, que é um dos setores que está mais prejudicado. Isso não foi feito”, diz.
Apesar do acordo em que os consórcios responsáveis por Jirau e Santo Antônio se comprometem a investir em Porto Velho, segundo o prefeito Roberto Sobrinho, isso não ocorreu na proporção combinada. Conforme dados da prefeitura, ficaram estabelecidos para Porto Velho R$ 69 milhões da Usina de Santo Antônio e R$ 90 milhões da Usina de Jirau. “Até o momento, a usina de Santo Antônio já repassou 85% do valor estabelecido e a usina de Jirau, apenas 18% do acordado”, afirma o prefeito.
Segundo Pacheco, o modelo de implantação das usinas é “predatório” e “catastrófico”. “Ocorre o deslocamento de trabalhadores e a criação de toda uma infraestrutura que não existia e, em poucos meses, deve passar a ter. Em termos de Meio Ambiente, ocorre